A comunicação com o bebê!
- Maria Helena Moraes e Juline Silveira
- 19 de abr. de 2017
- 2 min de leitura

Ao contrário do que muitas pessoas pensam até os dias de hoje, os bebês se comunicam e apreendem diferentes tipos de comunicação. São muito atentos e ativos. É só observar os olhos abertos e atentos aos adultos desde o momento do nascimento, bem como reconhecimento e a busca das vozes do pai e da mãe.
Nos primeiros dias e meses, os bebês precisam e reconhecem as pessoas através do colo. Estar nos braços de um adulto os faz sentir seguros e em situação idêntica à do útero onde se sentiam acolhidos. O colo é a continuação da relação corpo a corpo, relembrando as batidas do coração da mãe, som mais constante e relevante durante a gestação.
A amamentação é outro momento de carinho, além de alimentação. Nele mãe e bebê trocam olhares; momento de encontro e admiração mútua, tempo de acariciar mão, rosto e corpo do bebê que vai também se reconhecendo como tal. Caso haja dificuldades, nada incomuns neste período, torna-se necessário que a mãe se sinta também acolhida e reconhecida, através de uma psicóloga, enfermeira, doula, fisioterapeuta que poderá sanar dúvidas e aliviar a ansiedade que pode atrapalhar esse momento.
O banho e as trocas de fraldas são outras situações onde mãe e pai e bebê poderão manter contato corporal, trocar olhares, “conversar”.Conversar? Sim, conversar. As palavras dirigidas ao bebê são fundamentais desde o útero, através do tom de voz esclarecedor, tranquilizador, comunicando mudanças e sentimentos. Surpreendente, mas o feto e o bebê conseguem se acalmar quando os pais conversam com eles ou podem mesmo demonstrar alegria com agitação de seu pequeno corpo, agitando braços e pernas.
Da parte do bebê, o instrumento de comunicação possível para manifestar alguma necessidade é o choro. Poder atender e entender os diferentes significados do choro do bebê como expressão de suas necessidades, o acalma e ajuda a estabelecer um código entre mãe-pai e bebê.
Importante ressaltar, portanto, que pela forma de ser pego no colo, pelos olhares a ele dirigido (ou não), pelas palavras proferidas ao bebê ou sobre o bebê, pelo entendimento do choro, esse vai começando a construir sua identidade, autoimagem e personalidade.
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